No Parque Biológico da Serra da Lousã
11 November 2011
Para alegria do Parque Biológico da Serra da Lousã em Miranda do Corvo nasceram mais crias, desta vez, 11 leitões de raça preta Alentejana, 18 de raça Bísara e 6 cruzados entre porcos e javalis.
O porco de raça Alentejana possui uma estatura média-pequena e apresenta a pele de um preto ardósia, com cerdas raras, finas de cor preta, aloirada ou ruiva. As orelhas são pequenas, finas e de forma triangular. Os porcos desta raça são alimentados sobretudo à base de bolotas e cuja produção é canalizada para produtos curados de larga duração como é o caso do presunto.
O porco de raça Bísara é um animal grande e cuja pele é grossa, de cor branca, preta ou malhada. As suas cerdas são compridas, grossas e abundantes e as orelhas são compridas, largas e pendentes, sem contudo cobrirem os olhos. Como forma de conservar alimentos ao longo do ano, nasceu a partir desta raça de porcos o tradicional fumeiro, nomeadamente, as alheiras, o chouriço, o salpicão, o presunto, entre outros.
São realizados cruzamentos entre porcos domésticos e javalis uma vez que os animais resultantes apresentam um porte considerável, semelhante ao do porco mas com algumas características da carne de javali, nomeadamente, o seu sabor particular e o baixo teor de gordura e colesterol. Por outro lado, estes animais podem ser abatidos mais cedo que os javalis o que representa uma enorme vantagem para os criadores.
Os porcos partilham a Quinta Pedagógica, um dos espaços do Parque Biológico, com inúmeros animais, como é o caso das ovelhas, cabras, galinhas, porquinhos-da-índia, entre outros.
Além da Quinta Pedagógica, existe também o Parque de Vida Selvagem, Centro Hípico, Labirinto de Árvores de Fruto, Museu da Tanoaria e Museu Vivo de Artes e Ofícios Tradicionais.
O nascimento destes animais é o testemunho das boas condições e do bem-estar que lhes é proporcionado o que é mais um motivo de orgulho pois quem cuida dos animais são pessoas vítimas de exclusão social, nomeadamente, portadores de deficiência física ou mental e desempregados de longa duração.
A presença destes trabalhadores no Parque Biológico resulta da actividade da Fundação ADFP (Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional), instituição privada de solidariedade social sem fins lucrativos, que aposta na integração das pessoas especiais e no combate á exclusão social e laboral. O objectivo da Fundação e do Parque Biológico é criar emprego e actividades ocupacionais para pessoas vítimas de exclusão, desempregados de longa duração, deficientes ou doentes crónicos, integrando, promovendo a igualdade e a dignidade humana, incentivando a biofilia e a paixão pela natureza.
Desta forma, ao visitar o Parque Biológico apoia esta causa social ao mesmo tempo que contribui para a protecção da fauna e flora do nosso país.
Visite o Parque Biológico, em Miranda do Corvo, entre as 9h e as 18h durante a semana e entre as 10h e as 18h ao fim de semana e terá a oportunidade de passar um belo dia em família em plena natureza.
Poderá ainda saborear a gastronomia regional no restaurante Museu da Chanfana junto ao Centro de Informação do Parque Biológico e desfrutar das áreas de lazer na quinta da Paiva, com campos de jogos e parque de merendas. O restaurante Museu da Chanfana foi seleccionado para integrar o Guia nacional “Boa cama, boa mesa” editado pelo Expresso.
Se tem disponibilidade para ajudar a Fundação ADFP a prosseguir esta árdua mas gratificante tarefa de ajuda ao próximo, e não pode deslocar-se directamente à nossa sede, deposite o seu donativo numa das seguintes contas bancárias: