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Espaço da Mente acolhe Tertúlia sobre “Traços do Ecumenismo em Miranda do Corvo”

Templo Ecuménico Universalista na agenda internacional

20 June 2016

Decorreu no Restaurante Museu da Chanfana uma Tertúlia sob o tema “Traços do Ecumenismo em Miranda do Corvo: dos vestígios do passado à atualidade do Templo Ecuménico Universalista”, liderada por Sónia Filipe, arqueóloga da Reitoria da Universidade de Coimbra e responsável do Clube UNESCO de Aveiro.



No decurso de um jantar, e na presença de cerca de duas dezenas de pessoas, Sónia Filipe deu início com uma retrospetiva sob o património arqueológico local desde a pré-história. Demonstrou, que desde cedo, existem evidências de sagrado com práticas e construções religiosas, uma multiculturalidade não raras vezes com a coexistência pacífica entre cristão e muçulmano.



Desde a mamoa da serra de Vila Nova até ao Mosteiro de Santa Maria de Semide, e com especial referência ao sítio arqueológico da Eira Velha - construção estratégicamente localizado na rede viária romana e importante local pela circulação de pessoas, bens e ideias – e o Alto do Calvário, nomeadamente pela descoberta de uma necrópole medieval com sepulturas que, pelas suas características, parecem demonstrar uma expressão multireligiosa e uma noção de espaço de sagrado comum, na alta idade média em Miranda do Corvo.



A Fundação ADFP iniciou em 2015 a construção do primeiro Templo Ecuménico da Europa, localizado em Miranda do Corvo. Curiosamente, já em 2016, o Papa Francisco defendeu o diálogo interreliogioso como sendo importante para a promoção da Paz. Mais recentemente, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, depois da tomada de posse, participa numa cerimónia ecuménica, com o objetivo de chamar a atenção para a necessidade de entendimento entre religiões e culturas, numa época em que o terrorismo é um dos temas centrais ao nível internacional.



Na tertúlia foi evidente que a multiculturalidade/multireligiosidade que vem desde a idade média, deve ser defendida e promovida em escala mundo. O templo é uma referência de intervenção, um exemplo a seguir pelas pessoas, entidades e nações, e que terá repercussão sem fronteiras físicas ou ideológicas. Um contributo para o desenvolvimento sustentável, que colocará Miranda do Corvo no mapa da promoção dos valores humanos e civilizacionais promovendo o diálogo entre religiões e culturas, como forma de cultivar a paz.



Sobre o Espaço da Mente e o TRIVIUM:

Em 2015, a Fundação ADFP inaugurou o Espaço da Mente, um ecomuseu etnográfico que homenageia a necessidade de liberdade do Homem, que, enquanto espécie, difere das outras pela capacidade de materializar o pensamento. A liberdade permitiu ao Homem evoluir e capacitar-se de ferramentas que permitiram a sua adaptação ao meio. A primeira evocada é a liberdade de amar e a última, de alma. Neste percurso apresentam-se as liberdades mais comuns: liberdade política, de pensamento, de imprensa, de religião, entre outras.



Criou o conceito filosófico Trivium, e que dá nome a um Clube UNESCO desenvolvido entre a organização e a Comissão Nacional da UNESCO, e que integra o Parque Biológico da Serra da Lousã, o Espaço da Mente e o futuro Templo Ecuménico Universalista. O Trivium é dedicado à liberdade, igualdade e fraternidade: o Parque Biológico representa o corpo e a igualdade do Homem perante todos os seres vivos; o Espaço da Mente, o desenvolvimento da mente e a liberdade de pensar; o Templo Ecuménico representa o espírito e a fraternidade, independentemente da fé de cada um.



A construção de um Templo ecuménico universalista constitui a demonstração desta atitude da ADFP na promoção de uma sociedade mais humanista assente nos valores que transformaram a Europa num melhor local para se viver. Salientamos que o projeto Parque Biológico da Serra da Lousã / Templo Universalista, foi escolhido em 2014, para representar Portugal no Prémio Internacional da UNESCO MADANJEE SINNGH para a promoção da tolerância e não violência.

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