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Elogio unânime da obra gigantesca que Jaime Ramos pôs de pé

No 31º Aniversário da Fundação ADFP de Miranda do Corvo

12 November 2018 | Social, Eventos, Fundação ADFP

No 31º Aniversário da Fundação ADFP de Miranda do Corvo, comemorado com várias visitas a obras já feitas e ainda em construção, o ponto alto foi sem dúvida o jantar que reuniu no Salão de Festas dirigentes, coordenadores, funcionários, amigos, representantes autárquicos e autoridades religiosas, para além da imprensa, dia 6 de Novembro, pelas 20h00.

Com o Salão cheio, Jaime Ramos, presidente do Conselho de Administração da Fundação, deu as boas vindas a todos e propôs, antes de se cantar os parabéns e do bolo de aniversário, que os presentes ouvissem algumas das várias personalidades, dando a palavra ao Padre Daniel Mateus, presidente do Conselho Geral da instituição é um dos fundadores.

“Estamos a celebrar os 31 anos desta associação e vemos a grandeza que ela hoje tem, graças ao trabalho de muitos, salientando contudo o Dr. Jaime Ramos, alma-mater desta Fundação. Para que todo um corpo cresça é necessário que uma cabeça o saiba conduzir. E o Dr. Jaime Ramos assim o tem feito”, afirmou.

Recuando 600 anos, Padre Daniel deu o exemplo de um português ilustre da nossa história, Nuno Álvares Pereiras, “hoje S. Nuno de Santa Maria, que ingressou na Ordem do Carmo, tornando-se ele, que era um herói nacional, no mais humilde dos irmãos, assumindo o cargo de porteiro do Convento do Carmo em Lisboa, para mais facilmente também assistir os pobres da cidade”.

“Este exemplo social de há 600 anos mostra como os grandes homens o são quando estão ao serviço dos outros. Contudo não espero ver o Dr. Jaime Ramos um dia como porteiro da Associação”, ironizou.

Padre Daniel falou ainda da necessidade de haver “um equilíbrio renovado e fecundo entre gerações”: “o futuro de um povo pressupõe necessariamente, este encontro. Os jovens infundem a força para levar o povo a caminhar, enquanto os idosos fortalecem este vigor com a memória e a sabedoria popular”.

Citando Frei Bento Domingues, Padre Daniel concluiu:

“Uma aliança de gerações não pode ter só um polo. Nada pode substituir a aliança dos afetos”.

Os discursos elogiosos da obra da Fundação com olhos postos no futuro

Ainda antes de dar a palavra a Fernando Araújo, presidente da Junta de Freguesia de Miranda do Corvo, Jaime Ramos recordou a festa do 1º aniversário nos Baetas, simples e pequena e descreveu o ano de 2018:

“Hoje somos uma instituição com uma inegável importância social em toda a região. Destacamo-nos como um dos grandes empregadores do nosso território, apoiamos 480 pessoas em regime residencial, de todas as idades, e temos cerca do mesmo número de trabalhadores. Estes colaboradores sobem para 600, quando somados os voluntários, grande parte portadores de deficiência ou doença mental”.

Fernando Araújo, que começou por afirmar que “é sempre um prazer estar nesta casa”, salientando que “31 anos é obra, para quem acompanhou o Dr. Jaime Ramos ”, e foi aos anos 70 antes do 25 de abril, salientando o espírito de iniciativa do então jovem estudante. Traçou depois percurso político de Jaime Ramos, como Presidente da Câmara, Governador Civil, Deputado à Assembleia da República e Presidente da ARS, e de futuro só as obras do Templo, Hotel e Hospital, já lhe garantirão uma grande homenagem, ele que é para mim um amigo”.

Em representação do presidente da Câmara, o vereador Hugo Raposo afirmou ser “um prazer enorme estar aqui”, e visitar a instituição “que tem dado muito a Miranda”, e falando de “um mirandense, Jaime Ramos, que aqui fez nascer esta instituição, e desenvolveu-a numa ação que tem deixado marcas”: “A Câmara apoia naquilo que lhe for possível, dentro das suas possibilidades”.

Logo depois tomou a palavra, João Mourato, o presidente da Assembleia Municipal e Provedor da Stª Casa da Misericórdia de Semide:

“Miranda do Corvo depois de Jaime Ramos, é outra coisa, tendo a seu cargo enorme importância no desenvolvimento deste concelho. Tentou no pós-revolução, fazer o bem, conseguindo com alguma inteligência, fazer da instituição o que ela é hoje. Não vejo ninguém que tenha feito algo assim, nem mesmo José Falcão. Jaime Ramos tem dado a Miranda do Corvo aquilo que é preciso valorizar no concelho. Miranda do Corvo é assim, uma terra exemplar, tendo Jaime Ramos deixado uma marca social profunda, desejo-lhe muitos anos para fazer ainda mais coisas”.

Socialista e grande amigo de Jaime Ramos, Nuno Felipe referiu que “a Fundação é uma obra muito acima do que estamos habituados a ver no nosso país, com uma dimensão distrital, regional e nacional. Uma obra de solidariedade, muito importante na chamada economia social”.

“Acredito que podemos ter um dia – acrescentou – uma sociedade social. A nível nacional esta obra merecia o reconhecimento da sua dimensão”.

“Após uma viagem a Cuba, tivemos uma forte discussão, (eu e Jaime Ramos) chamando-lhe eu ‘El Comandante’, pois ele foi o motor deste empreendimento”.

Depois falou da importância do novo Hospital, “não só para este concelho mas para toda a região”:

“Não é fácil encontrar um médico com a sua capacidade de gestão e de inventar muitas coisas, ele não conhece o medo. 200 mil contos é uma coisa, mas a obra de milhões de euros que construiu é outra, aqui fala-se de liberdade e tolerância. Exemplo de camaradagem fraterna, é preciso olhar para o universo, lembro-me de me apelidarem de traidor, porque decidi trabalhar com ele para colaborar no desenvolvimento da região. E no entanto tive enormes discussões, com posicionamentos diferentes, e ficámos sempre amigos, que Jaime Ramos dure até aos 100 anos”, concluiu.

De Nuno Moita a Jaime Ramos, passando por mais nomes, até às obras em curso O presidente da Câmara de Condeixa, Nuno Moita, começou por dizer que “é um gosto estar no concelho, onde tenho ligações familiares”, e “quero prestar homenagem ao trabalho feito pelo Jaime Ramos, em termos de apoio à deficiência, às suas ideias, e não ficamos por aí, como é por exemplo o Parque Biológico”.

“Daí que o convide para expandir-se para Condeixa, não só em termos de apoio social mas de turismo cultural”, concluiu.

Jaime Ramos visivelmente emocionado pelo “gesto de amor dos amigos a elogiarem-me desta forma”, não deixou de falar e agradecer á equipa neste caminho longo, em que um punhado de pessoas teve capacidade de ultrapassar diferenças, uma equipa unida que foi fulcral nestes 31 anos “e lembrou Lídio Alves Gomes e o papel de Quirino S Miguel atual vice-presidente.

Jaime Ramos nomeou amigos do Conselho de Estratégia como António Taborda, Sá Furtado, Lino Vinhal, Meliço Silvestre, e os já falecidos Fausto Correia, Barbosa de Melo, António Arnaut. Divulgou que Conselho de Estratégia tem agora novos membro, com Helena Freitas, Margarida Mano, Teresa Anjinho, Nuno Moita, Álvaro Beleza, João Nuno Calvão da Silva, Pedro Barbosa de Melo, Mota Pinto.

O presidente da Fundação enumerou algumas obras como o Hospital Compaixão, que pretende funcionar no mesmo modelo dos hospitais da Mealhada e Oliveira do Hospital, a norte, com o objetivo de “facilitar o acesso aos cuidados de saúde de qualidade à população de Miranda e a sul de Coimbra, que deverá funcionar em 2019, o maior investimento privado de sempre no concelho (7 milhões de euros) que criará mais de 100 postos de trabalho e com capacidade para 54 camas, que contou com o apoio da Câmara Municipal, com 750 mil euros que ainda não chegaram; mas também a nova Adega na Zona Industrial, onde os convidados provaram um novo espumante, ainda não tratado, o rosé medalhado com prata, e o Tinto Reserva 2016 Terra Solidária, que será apresentado proximamente em Coimbra, e visitaram a saboaria D’Natureza Cosméticos, contígua à Adega, com os seus óleos essenciais.