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X Capítulo entroniza 6 novos confrades

Na Real Confraria da Matança do Porco

20 November 2018 | Cultura, Eventos, Atividade Agroflorestal

O X Capítulo da Real Confraria da Matança entronizou seis novos confrades, enquanto decorria a recriação da “Matança do Porco” pelo Rancho Etnográfico das Tecedeiras dos Moinhos. 

A jornada iniciou-se no “Desjejum” antes da missa na Igreja Matriz, com atuação do Coro da Universidade Sénior e foto de grupo no Alto do Calvário, desfile pelo Centro Histórico e visita às obras do Hospital Compaixão.

Os seis novos confrades foram entronizados pelo Vice Patrono da Matança, César Fernandes a fazer o ritual com a faca de matador, e fizeram o habitual juramento conjunto, tendo o Magarefe da Assembleia da Matança, Quirino São Miguel colocado a medalha nos novos confrades: António Rodrigues, João Ferreira, Pedro Ferreira, Ricardo Costa, Wander de Carvalho e Margarida Soares.

Antes Jaime Ramos deu início à cerimónia recordando como sempre a génese da Real Confraria da Matança do Porco:

“Foi para lutar contra o fundamentalismo da ASAE, que queria proibir uma das importantes tradições do país, que se formou esta confraria. Foi para salvaguardar a cultura de um povo e mostrar a capacidade de afrontar o poder que nascemos. Lembrou.

“A Confraria tem uma Cruz Branca ligada à cristandade na sua bandeira” devido ao facto da carne do porco só ser consumida pelos cristãos e não pelos judeus ou muçulmanos.

Olga Cavaleiro, presidente da Federação Portuguesa de Confrarias Gastronómicas, reparou “no juramento fora do habitual nas confrarias por ter palavras para o apoio para os mais desprotegidos, para quem menos tem ”.

“Faço aqui um apelo: a vida das confrarias não é só abundância, esquecendo a escassez de quem vive e sofre – acrescentou – A confraria da Matança do Porco mostra que olha para os que menos têm. Quando se matava o porco não era só a família, era toda a comunidade. É essa ligação com o “espírito da Matança do Porco” que esta confraria celebra”.

“É tempo, - concluiu Olga Cavaleiro – de não nos centrarmos só na festa, mas também nos que menos têm”.

De Felipe Rosa, da CEUCO, a Jaime Ramos, Patrono do Conselho de Lavradores e líder da Fundação ADFP foram breves os dois discursos que antecederam o “Jantar” da Matança, que decorreu depois no Hotel Parque Serra da Lousã.

Felipe Rosa afirmou que “é bonito estar presente, estarmos numa zona muito regional, importando aqui distinguir o trabalho da ADFP, que nos mostrou as obras do Hospital, de enorme importância onde estamos.”.

“Ser confrade é muito mais do que defender e vender os nossos produtos”.

O representante da CEUCO em Portugal anunciou também um evento social de apoio à instituição, com o Selo de Portugal, no Algarve, com uma gastronomia fabulosa”.

Jaime Ramos agradeceu a presença de todos e situou o Parque Biológico no âmbito do Trivium, visão filosófica do espírito da Fundação ADFP, no sentido em que “a vida que está dentro de nós é igual à dos outros animais”, juntamente com o Espaço da Mente, dedicado à liberdade e centro do Eco-Museu e o Templo Ecuménico Universalista, que salienta a tolerância e o respeito pelo diferente, na construção da Paz, reconhecimento ao Homo Sapiens, criador da espiritualidade, e da busca da Verdade”.

Seguiu-se o “Jantar” da Matança, no Hotel Parque, “regado “ com Tinto Terra Solidária Reserva 2016 que será apresentado dia 23 de novembro, pelas 18h na Galeria Santa Clara, em Coimbra (Rua António Augusto Gonçalves, 67), podendo-se confirmar a presença através do correio eletrónico geral@adfp.pt.

As receitas desta atividade revertem para apoiar os fins sociais da undação ADFP. 10% do valor cobrado no X Capítulo reverte diretamente para a valência de apoio a crianças e jovens “em família”.