Fundação ADFP apresentou os vinhos Terra Solidária 2015
22 September 2016
Os vinhos Terra Solidária 2015 foram apresentados pela Fundação ADFP, num almoço com dirigentes, membros do Conselho de Administração, e quadros da Formação Profissional, no restaurante “Museu da Chanfana”.
O presidente da Fundação elogiou o trabalho do enólogo Eng.º. Antero Silvano como “um dos especialistas com maior qualidade e maior experiência na região dos vinhos da Bairrada”.
Jaime Ramos salientou o trabalho "pro bono", sem qualquer remuneração, do Eng.º Antero Silvano, que demonstra assim a sua bondade e espírito solidário apoiando a ADFP na concretização deste projeto na área da vinicultura, que tem com objetivo criar postos de trabalho para pessoas com necessidades especiais, vítimas de exclusão.
O enólogo, pai destes vinhos, caracterizou assim os três Terra Solidária 2015:
“O branco é um vinho clássico, encorpado, mais para refeição, com casta essencialmente Maria Gomes, Arinto e Chardonnay. O rosé, produzido pela segunda vez, é um sangramento das uvas tintas, este ano também com bastante corpo, 13 graus, em termos de boca está muito bom, acaba por ser um vinho mais para refeição, ou para aperitivos, refrescante, ao fim da tarde, num cocktail”.
Quanto ao Tinto, fruto de uma colheita excecional, o enólogo definiu 2015 como um ano “realmente espetacular”.
“As uvas chegaram à Adega sãs, com uma intensidade corante espetacular e com uma maturação também muito boa, e cerca de 13 graus e qualquer coisa.
Neste momento o Tinto tem só um mês de garrafa. Devido á qualidade e estrutura o Tinto só irá para o mercado daqui a 3 meses”.
“Trata-se de um tinto de vinhas velhas, à base de Touriga e Alfrocheiro, mas vamos ficar com uma pequena reserva, para lançar mais tarde, à volta de 2 mil garrafas, com a marca Trivium.
A marca Terra Solidaria apresentará tinto normal com 4 mil, o branco 1200 e o rosé, residual, com 600 garrafas.
Já com vinhos produzidos e premiados com medalhas em vários concursos, o enólogo Antero Silvano considera que vai ser preciso algum tempo até que os Terra Solidária se tornem vinhos de referência e excelência:
“A partir deste ano, já com a nova colheita na nova Adega, em cuja génese participei, temos as condições mínimas necessárias para se poder trabalhar com qualidade, e pode-se sempre pensar realmente em vinhos doutro gabarito, muita embora seja preciso um bocado de cuidado, porque o ideal numa adega torna os custos insuportáveis”, sublinha Antero Silvano.
“Um futuro risonho e muito promissor” para os vinhos da Fundação.
“Penso que o futuro deste projeto da ADFP vai ser risonho, muito promissor, agora claro que, vai ter que haver mais investimento humano, quer na viticultura quer na enologia. Isto para já, e a seguir virá a parte comercial.
Há que tirar partido de ser um volume relativamente pequeno, que não se deve massificar, deve conquistar nichos de mercado pela diferença e por toda a história e pessoas especiais que estão por trás desta mesma viticultura”, concluiu.
Jaime Ramos voltou a salientar o trabalho pro bono do enólogo, afirmando que “é para nós um prazer ter o Eng.º Antero a trabalhar connosco "e vincou "que este projectão não seria possível sem ele”.
O presidente da Fundação abordou também o especto da valorização da vinha:
“Este projeto de vinhos que a Fundação está a desenvolver, com uma nova adega, com capacidade para 100 mil litros, é uma tentativa para que todos os vinhos desta região, desde Lamas à Região do Sicó, tenham prestígio, qualidade e reconhecimento a nível nacionais”.
A Fundação deseja ser um motor de desenvolvimento da sua área de influência, neste caso valorizando o vinho um dos produtos nobres da região.
Para Antero Silvano “a colheita de 2015 foi a melhor dos últimos 5 anos”, mas para 2016, “já sabemos que as colheitas não vão ser tão boas, para já em termos de quantidade é muito menor, devido às doenças provocadas pelas chuvas tardias.
Nos próximos anos a Fundação com as vinhas jovens, e as condições técnicas da nova adega, espera aumentar bastante a produção de vinho e poder criar o Espumante Terras de Xisto.
A Fundação está a desenvolver projetos agrícolas com quase 100 hectares de área. O objetivo da ADFP é ser menos dependente do Estado e mais apta a criar novos postos de trabalho para pessoas vítimas de exclusão laboral.
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