No âmbito da semana da Filosofia
26 November 2019 | Social, Educação e Formação, Eventos
No âmbito da semana da Filosofia o Prof. Doutor Anselmo Borges realizou duas conferências sobre os temas: “Valores e Religiões: interculturalidade e tolerância religiosa” para a sessão com jovens da Escola José Falcão de Miranda do Corvo e “Um único Mundo: muitas culturas e religiões na palestra para alunos das Universidades Seniores da Fundação ADFP de Miranda e Coimbra.
O Anselmo Borges visitou a Fundação e almoçou no refeitório com os utentes (crianças, adultos, idosos, pessoas com deficiência ou doença mental) e mostrou-se sensibilizado pelo trabalho social e de integração realizado pela ADFP. Não escondeu a sua admiração e satisfação pelo humanismo e pela dedicação dos profissionais da Fundação lamentando que esta realidade não seja mais conhecida. Como Professor considerou que seria muito útil promover visitas e experiências profissionais para os alunos, incluindo universitários, para conhecerem o trabalho realizado diariamente na Fundação, contribuindo para a sua formação humanista.
Na palestra para os jovens, no cinema da Fundação ADFP, o Padre Anselmo Borges começou por agradecer a dois alunos que o apresentaram e ao seu extenso curriculum, ele que nasceu em Resende a 26 de Julho de 1944 e é colunista do Jornal de Notícias.
Basicamente, Anselmo Borges falou de cinco ideias primordiais: a Escola, a Neotenia, os Valores, as Religiões e a Cultura, referindo que “em primeiro lugar somos todos humanos. A palavra escola vem do grego scholé, que significa ócio, tempo livre, mas não no sentido da preguiça, tempo livre para homens e mulheres livres pensarem e governarem”, afirmou.
Durante a palestra afirmou que “pensa-se pouco hoje. Negócio e ócio contrapõem-se. Para negociar não é preciso pensar, mas calcular, para mostrar que se faz mais dinheiro. Devemos pensar a Terra como nossa causa comum”. Sobre o conceito de neotenia, retirado nós nascemos prematuros”. Anselmo Borges referiu que “os nossos prematuros depois têm de revelar e produzir cultura para preencher o vazio da morte. Custa muito fingirem não saberem de nada, o carinho, os pais e irmãos, aprender tudo, a andar, falar, estamos sempre a aprender. Somos prematuros, mas somos pessoas livres, homens e mulheres de cultura. Fazendo o que fizemos, podemos namorar, dançar, estamos a fazer-nos. A tarefa do ser humano é sermos livres, sem dono. Somos senhores de nós e das nossas ações, por isso somos responsáveis”.
“Ainda não somos aquilo que havemos de ser”, prosseguiu abordando o tema dos valores - “Valores, quanto custam – O valor do reconhecimento do que fazemos pelos outros, tu vales. Mas o valor mais alto é a pessoa humana é a dignidade. Depois, o palestrante referiu Aristóteles, “somos todos curiosos” no sentido de apreciar, saber a verdade, quem somos, o que viemos cá fazer. Depois vem a morte e é tudo para nada? É aqui que nasce a religião. Nascem os valores religiosos. Mas é preciso não andar com os olhos fechados. “Finalmente citou Hegel, “no olhar vê-se o abismo do mundo”, e a concluir, entre outras ideias, falou da diferença “entre islamismo (fundamentalista) e Islão”, sendo os primeiros os que são terroristas em nome de Deus e os segundos pacifistas”.
A palestra para os alunos das Universidades Séniores teve lugar na sala de conferências do Hotel Parque e foi antecedido de um jantar no restaurante Museu da Chanfana.
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