
Fundação ADFP pede ideias, não dinheiro
08 March 2012
A crise económica que afecta o país, das pessoas às empresas e instituições, levou a Fundação ADFP (Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional) de Miranda do Corvo, a uma nova estratégia visando garantir a sua sustentabilidade.
Numa altura em que cada vez mais instituições pedem dinheiro e subsídios a Fundação ADFP pede ideias aos amigos.
A Instituição Privada de Solidariedade Social mirandense ganhou já um estatuto nacional, e até internacional, de reconhecido mérito, mas isso por si só não basta para responder aos problemas sociais crescentes de uma comunidade em crise, sobretudo quanto à coesão social e à protecção dos mais vulneráveis.
A Fundação apela assim, internamente, aos coordenadores, directores de valências e colaboradores de todas as categorias profissionais e, externamente, aos voluntários e amigos para que apresentem propostas, sugestões, ideias, que visem aumentar a capacidade de obter novas receitas.
Com anúncios na imprensa local ou regional e com ofícios internos, o último dos quais é um “lembrete” colocado por cima do relógio de ponto do Centro Social Comunitário, assinado pelo Presidente do Conselho de Administração da Fundação ADFP, Jaime Ramos. Nele pode ler-se que “há algumas semanas pedimos a sua colaboração. Esqueceu-se?” e também que “só as receitas nos permitirão fazer face às despesas e possibilitarão a manutenção e criação de postos de trabalho”.
A Fundação ADFP, para além de acordos com a Segurança Social, comparticipações de fundos estatais e europeus, e donativos, tem tentado aumentar as suas receitas próprias para garantir a sustentabilidade de um projecto quase a completar um quarto de século de existência.
A criação do Parque Biológico da Serra da Lousã, na Quinta da Paiva, um projecto de turismo social que visa a empregabilidade e ocupação de pessoas com deficiências motoras e doença mental, desempregadas de longa duração ou marginalizadas pela sociedade, de forma sustentável, é disso exemplo.
As receitas do Parque, que tem como principal foco de atracção o Zoo de Vida Selvagem nacional, são basicamente constituídas pelos bilhetes de entrada, pela venda de produtos artesanais manufacturados nas Oficinas de Artesanato ao Vivo, por produtos regionais e agrobiológicos vendidos na Loja, e pelo Restaurante Museu da Chanfana, ex-libris da gastronomia regional.
Como qualquer empresa, também as IPSS podem optar por redução de custos e aumentos de receitas, sendo certo que se podem cortar gastos supérfluos mas não se deve desinvestir nas pessoas, antes escolhendo-se a via mais difícil, na actual conjuntura, que é a de manter os postos de trabalho e aumentar as receitas.
A Fundação esta apostada em aumentar o numero de trabalhadores, e fazer crescer as suas receitas, contribuindo para reduzir o desemprego crescente.
Em contra ciclo a ADFP aposta em investir e criar postos de trabalho, tendo neste momento a concurso a construção de um hotel de quatro estrelas.
A participação de funcionários, colaboradores e amigos na apresentação de ideias para aumento de receitas, constitui para a Fundação ADFP uma condição sine qua non (imprescindível) para ajudar o Conselho de Administração na prossecução do seu plano de actividades para o ano em curso e a médio e longo prazo.
Se tem disponibilidade para ajudar a Fundação ADFP a prosseguir esta árdua mas gratificante tarefa de ajuda ao próximo, e não pode deslocar-se directamente à nossa sede, deposite o seu donativo numa das seguintes contas bancárias: