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XIII Capítulo da Real Confraria da Matança do Porco

Recriação e gastronomia tradicional em evidência

31 October 2023 | Cultura, Eventos

 No próximo sábado, dia 4 de novembro, vai decorrer o XIII Capítulo da Real Confraria da Matança do Porco, um evento anual que decorre no Parque Biológico da Serra da Lousã.  

O evento tem início logo pela manhã, às 9h30, com o Desjejum, um pequeno-almoço recheado de iguarias relacionados com o porco e que chama à atenção para uma gastronomia tradicional que apela ao aproveitamento integral da rês.  

O programa inclui missa na Igreja Matriz, pelas 11h00, seguindo-se o desfile e foto de “família” no centro da vila de Miranda do Corvo.  

A recriação da matança tradicional, momento alto do evento, decorre no Parque Biológico da Serra da Lousã, a partir das 12h00, com uma encenação a cargo do Grupo Etnográfico Tecedeiras dos Moinhos e numa parceria com a Fundação ADFP entidade impulsionadora desta Confraria.  

O “Jantar da Matança” começará às 14h30 no Hotel Parque Serra da Lousã, com uma ementa tradicional e com base na carne de porco, privilegiando a integração dos vinhos da Fundação ADFP.  

Vitivinicultura com Propósito Social é um projeto que brinda à inclusão, e que é muito mais do que o ato de vindimar. No processo de vindima estão sempre os habituais colaboradores da vinha e da adega, da jardinagem e da exploração agrícola, acompanhadas por utentes de diversas respostas sociais, e também de outros projetos da instituição, permitindo um convívio muito especial para todos, e poder ter esta experiência de como se processa e realiza a vindima.  

A viticultura é encarada como uma forma de criar postos de trabalho, contribuir para a sustentabilidade da organização, promover os vinhos da sub-região de Sicó e o desenvolvimento regional.  

Os vinhos da Fundação ADFP contam com diversos prémios e distinções a nível nacional e internacional, uma das marcas de vinho tinto da Fundação ADFP - "Rabarrabos", é atualmente a mais premiada da sub-região vitivinícola Terras de Sicó.  

O custo de participação no Capítulo, por pessoa, é de 35 €, sendo que 10% da receita revertem para a valência de apoio a crianças e jovens “em família”.  

Nunca é demais lembrar as origens da Real Confraria da Matança do Porco, que surgiu para lutar contra o fundamentalismo da ASAE, que na altura pretendia acabar com a matança do porco tradicional.   

“A ASAE pretendia impedir práticas culturais em Portugal, como a da matança. Foi para enfrentar esse fundamentalismo que nasceu a Confraria, em defesa da matança como festa pagã, e que só pode ser efetuada por religiões em que se come carne de porco”, disse então Jaime Ramos por ocasião do último Capítulo. 

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