Voluntários de vários países europeus têm vindo ajudar no maneio de animais no Parque Biológico Serra da Lousa.
28 July 2022 | Fundação ADFP, Ambiente
O Parque é um projeto de inclusão social onde parte significativa do trabalho é realizado por pessoas com deficiência ou doença mental, excluídas do mercado de trabalho.
Constitui com o Espaço da Mente e o Templo o Trivium, a principal atração do projeto de turismo com propósito da Fundação ADFP, a mais eclética e inclusiva organização nacional, entidade sem fins lucrativos.
O Parque é para muitos a melhor coleção de vida selvagem do País, com dezenas de espécies.
Quatro destes voluntários após a visita ao Centro Social Comunitário deram “parabéns à Fundação ADFP pela gigante obra social que é e que detém, e pela grande aposta no seu projeto de “Turismo com Propósito Social”. Alguns voluntários escolhem o Parque porque “ouvi dizer que trabalhavam lá pessoas com deficiência ou doença mental e ou física, ou seja, pessoas especiais, com as quais já me tinha voluntariado antes, e por isso gostei muito da ideia.”
O projeto turístico integra o Hotel Parque e o Restaurante Museu Chanfana.
Patrícia Molinero, Tomar Peeters, Rafaela Correia e Marta Prata conheceram as diversas residências e respostas sociais da Instituição, e fizeram um balanço da experiência enquanto estagiários ou voluntários no Parque Biológico da Serra da Lousã e do Hotel Parque Serra da Lousã.
Tomar Peeters, de 24 anos, natural da vila de Waskemeer, no município de Ooststellingwerf (Países Baixos), rumou até ao Parque Biológico da Serra da Lousã, em Miranda do Corvo, onde é voluntário atualmente, prestando ajuda aos colaboradores do Parque Biológico nas mais diversas tarefas diárias que implica um Parque com cerca de 400 animais, sobretudo no que toca à alimentação e limpeza: “Trabalho há quase 5 anos na “Stichting A.A.P.” um centro de resgate para macacos e pequenos mamíferos, que resgatam estes animais de pessoas que os tenham ilegalmente e os tornam saudáveis, tentando ajudá-los da melhor maneira possível e cuidando deles. Trabalho lá com muitos europeus de vários países, que vêm para lá para fazer voluntariado, e queria fazer o mesmo. Tive finalmente este Verão o tempo e dinheiro para o fazer. Fui pesquisar ao “mundo dos voluntários” e encontrei o Parque Biológico da Serra da Lousã através da plataforma “IMPACTRIP”. Por isso, enviei uma candidatura para uma viagem de impacto e foi aceite nessa mesma noite.”, relata o jovem holandês.
“Queria mais experiência a trabalhar com diversos animais. Aqui no Parque, o que mais gosto de fazer é o trabalho com os cavalos e com os outros animais da quinta pedagógica e centro hípico”, salientou ainda, referindo o gosto pelos espaços e animais rurais.
Já Patricia Molinero, veio desde Bilbau (Espanha), e refere que encontrou este programa de voluntariado na página “Cooperating Volunteers”, uma página que administra programas de voluntariado de todo o tipo, em todo o mundo: «Escolhi este país por nunca ter feito voluntariado noutro país que não fosse a Espanha, por isso quis começar por “alguém” próximo de mim, no qual pudesse comunicar e aprender um pouco a língua principal.
Escolhi também o Parque Biológico porque adoro animais selvagens e domésticos, para cuidar e trabalhar com eles e também ouvi dizer que trabalhavam lá pessoas com deficiência ou doença mental e ou física, ou seja, pessoas especiais, com as quais já me tinha voluntariado antes, e por isso gostei muito da ideia.
O que mais gosto no Parque é que, além de observar animais selvagens, as pessoas também podem interagir alimentando-os, e apreendem imenso sobre estes e sobre os animais da quinta, que também podem ser alimentados pelos visitantes. Também gosto do facto de os animais selvagens estarem em grandes habitats, e do bom tratamento que recebem, porque noutros parques os animais são mantidos em habitats muito pequenos e recebem maus cuidados.
Foi uma experiência muito enriquecedora trabalhar com os animais deste Parque, pois também muitos deles são irrecuperáveis, tornando-se também ainda mais especiais por isso.», indicou-nos a jovem da cidade da comunidade autónoma do País Basco.
Já as jovens Rafaela Correia e Marta Prata, da ESHTE – Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, referiram que “Estagiar no Hotel Parque da Serra da Lousã e no Parque Biológico, foi sem dúvida uma experiência para lá de enriquecedora, pois saímos daqui com uma bagagem imensa.
Não tínhamos noção que esta zona era tão procurada, tão visitada, por turistas dos quatro cantos do mundo, imensos grupos alojados no Hotel, e inúmeros visitantes e grupos diariamente a percorrem o Parque Biológico.
Os quatro jovens foram presenteados pelo Dr. Jaime Ramos, Presidente do Conselho de Administração da FADFP, com o livro “34 Anos/ 34 Years Fundação ADFP”, um livro bilingue lançado o ano passado no âmbito das comemorações do 34º aniversário da Fundação ADFP, que desvenda mais de três décadas de história, sucesso e evolução desta instituição."
Fotografias e texto: Francisco Parreira Lopes
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