“Abrindo, claramente os restantes acordos terão que vir”
15 September 2020 | Saúde
O presidente do NERC (Associação Empresarial da Região de Coimbra), Pina Prata, no términus de uma visita ao novo Hospital Compaixão, da Fundação ADFP, lançou um repto a Jaime Ramos, “abrindo o Hospital claramente os restantes acordos terão que vir”.
Recordamos que numa reunião em Coimbra com a ARS a Fundação decidiu prescindir da exigência de contrato para camas de Cuidados Continuados de Convalescença aceitando uma eventual concretização da proposta para unidade de Média Duração e Reabilitação. A Fundação quer, para além dos Cuidados Continuados ter acordos para realização de cirurgias e consultas de especialidade em lista de espera, exames auxiliares de diagnóstico de Imagiologia (TAC, Rx, ecografias) Gastro, Cardiologia, etc. e tal como em Ansião e Oliveira do Hospital acordo para “urgências “com atendimento noturno, quando os centros de saúde estão fechados.
E o repto de Pina Prata lançado ao Governo é “que veja este investimento [avaliado em 10 milhões de euros] como um investimento privado, abrindo o hospital às comunidades, às pessoas do interior. Precisamos de projetos concretos e não de sonhos como alguns fazem a nível das grandes metrópoles”.
Acompanhado pelos vice-presidentes da NERC, Luís Providência e Espírito Santo, Pina Prata teve como cicerone Carlos Filipe, gestor hospitalar e sua impressão não podia ser mais positiva:
“Dou os parabéns à Fundação pelo investimento que fez numa região do interior, tão necessitada de investimento e atracão de investimento nacional e estrangeiro”, afirmou.
“Os equipamentos são de alta tecnologia, ligados por via eletrónica, internet, o que é fundamental nos tempos que correm, da introdução das novas tecnologias da saúde. Este projeto é claramente inserido na área da saúde 4.0”, considerou.
O presidente do NERC insistiu em dizer que “este é um projeto empresarial que necessita do apoio do Estado. Concretamente aos que alguns defendem, que é grande projetos, os empresários da Região de Coimbra devem defender projetos como este na medida que criem emprego e riqueza e isso é uma obrigação que o Estado tem em apoiar investimentos no interior do país, como é este”, adiantou.
Pina Prata salientou que a criação de quase 100 postos de trabalho é muito importante para o reforço da coesão social especialmente quando se está numa zona deprimida como o Pinhal Interior.
“Para a NERC – concluiu – sendo a Fundação associada da Associação Empresarial da Região de Coimbra, temos todos que estar presentes e para nós empresários isso é que é coesão territorial. Não vale a pena defendermos projetos como os TGV’s ou investimentos megalómanos, mas sim pequenos projetos de qualidade, pela raridade pela diferença. É assim que defendemos a região contra o centralismo de Lisboa e Porto”, concluiu.
No final da visita, Jaime Ramos convidou a comitiva para um almoço de trabalho no Restaurante Museu da Chanfana onde analisaram a situação económica e social originada pelo confinamento e pela epidemia Covid e o impacto negativo que pode ter na Região. A crise social, com desemprego, mais justifica que o Estado apoie a criação de postos de trabalho e menos é aceitável que o Governo continue a desprezar investimentos particulares como é o caso do Hospital Compaixão.
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