No Parque Biológico da Serra da Lousã há um bebé urso
25 May 2012
O urso pardo (ursus arctus) é um mamífero de porte considerável, que pode pesar mais de 600 quilos. O seu habitat restringe-se às florestas e montanhas do norte da América do Norte, Europa e Ásia, podendo viver cerca de 35 anos.
Os ursos pardos possuem um corpo robusto, cauda curta e patas fortes com garras que pescam, escavam o solo à procura de alimento ou ajudam a trepar e a defender-se, e pelagem de castanho-escura até castanho-claro e negro.
Omnívoros, alimentam-se de peixe, herbáceas, frutos, raízes, sementes, mel, roedores, veados, gado doméstico e cadáveres, entre outros. No Outono atingem o peso máximo devido às reservas de gordura acumuladas para sobreviverem a invernos rigorosos. No Inverno recolhem-se numa cavidade subterrânea e ficam em estado letárgico (sem comer, beber, defecar ou urinar) mas, graças a apurado sentido de sobrevivência, acorda facilmente para se defender de eventuais predadores. A velocidade dos batimentos cardíacos, a temperatura do corpo, e a taxa metabólica são reduzidas para poupar energia, sendo a sobrevivência do animal assegurada pelas reservas de gordura acumuladas no Verão e no Outono.
Após uma gestação curta, nascem uma a três crias de olhos fechados e sem pêlo que permanecem com a mãe até aos três a quatro anos de idade, aprendendo com ela as técnicas necessárias à sua sobrevivência como adultos. Das três geradas no Parque apenas uma sobreviveu e este mês completa o seu quarto mês de vida, dócil e brincalhão, que mais parece uma bola de peluche animada.
Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza a espécie não está globalmente ameaçada, mas a sua área de distribuição actual é muito restrita e apenas uma fracção da original. Na Europa, já só existem populações isoladas na cordilheira Cantábrica, nos Pirenéus, na Escandinávia, nos Alpes e nos Cárpatos.
Os ursos pardos ter-se-ão extinguido em Portugal entre os séculos XVII e XIX, embora ainda tenham sido avistados no século XX.
Urso bebé vai ser apresentado às crianças
O Parque Biológico da Serra da Lousã pretende mostrar os ursos pardos como elemento importante da fauna ibérica nativa, com uma breve apresentação da espécie e uma exposição fotográfica no Centro de Informação à entrada. Visando sensibilizar o público para a sua protecção, bem como de todas as espécies animais em risco de extinção, de forma a restabelecer o equilíbrio da natureza, o urso bébé vai ser apresentado às crianças e visitantes. Para visitas de grupo, os interessados devem fazer uma inscrição prévia, sem quaisquer custos adicionais, entrando em contacto com o Parque.
Qualquer pessoa pode auxiliar a sustentabilidade social e económica do nosso projecto ao apadrinhar um dos nossos três ursos pardos (os pais Samuel e Berta e o bebé ainda sem nome). Assim estará a contribuir simultaneamente para a preservação de uma espécie autóctone e para a integração social de pessoas vítimas de exclusão, com deficiência, doença mental ou desempregados de longa duração, que aqui trabalham ou têm uma ocupação. O apadrinhamento tem um custo de 60€ (sessenta euros) anuais, recebendo os padrinhos um comprovativo da sua generosidade e um livre-trânsito que lhes permitirá visitar o parque e observar o animal que apadrinhou sempre que desejar.
Cerca de 375 animais de 69 espécies habitam o Parque, estando na Quinta Pedagógica 158 de 28 espécies e na Zona de Vida Selvagem, 217 de e 41 espécies numa área florestal e paisagística deslumbrante.
Venha visitar o Parque Biológico da Serra da Lousã, a escassos minutos da vila, passar dia agradável em ambiente natural, em contacto com a fauna e flora portuguesas, e apoiar um projecto de integração social, com vertentes terapêuticas.
Aberto ao público desde 2009, o Parque Biológico da Serra da Lousã (PBSL) pertence á Fundação ADFP de Miranda do Corvo, que pretende incentivar a biofilia, o gosto e a paixão pela natureza, e também criar postos de trabalho para pessoas vítimas de exclusão, deficientes e doentes mentais.
Se tem disponibilidade para ajudar a Fundação ADFP a prosseguir esta árdua mas gratificante tarefa de ajuda ao próximo, e não pode deslocar-se directamente à nossa sede, deposite o seu donativo numa das seguintes contas bancárias: