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Início da produção artesanal em regime experimental

Queijaria e Fumeiro iniciam produção no final de maio com três anos de atraso devido à burocracia autárquica

10 June 2016

A Queijaria e Fumeiro inserida no Parque Biológico da Serra da Lousã, em Miranda do Corvo, irá iniciar a sua atividade experimental no final de maio de 2016, após três anos de atraso devido à burocracia autárquica.


O objetivo é dinamizar atividades produtivas sustentáveis e possibilitar a integração profissional de pessoas com deficiência, doença mental ou vítimas de exclusão laboral.

Simultaneamente, o projeto permitirá a valorização e reabilitação do património cultural, vivências, artes e ofícios tradicionais, com aproveitamento da produção endógena. Funcionará também com aspetos pedagógicos para os visitantes do Parque Biológico.


Este projeto já foi premiado duas vezes. Primeiro pela Fundação EDP, no qual recebeu o prémio “EDP Solidária”, no valor de 75 mil euros numa cerimónia no Museu da Eletricidade em Belém em Junho de 2012.


Depois venceu o 1º Prémio “Mãos Dadas – Comunidade e Solidariedade no Feminino”, na vertente Sustentabilidade, no valor de mil euros, com o projeto “Mãos Cheias de Saberes e Sabores. Queijaria e Fumeiro”, em janeiro de 2015, atribuído pela APGICO (Associação Portuguesa de Criatividade e Inovação) e pela SIUP (Soroptimist Internacional União de Portugal, que visa reconhecer, sobretudo o empenho de mulheres que se dedicam a iniciativas de empreendedorismo social de forma inovadora, sustentável e eficaz.


O valor total do investimento é de 135.000€. Neste valor, estão incluídas obras e equipamentos.


A Queijaria e Fumeiro já tem todos os materiais e equipamentos instalados desde Dezembro de 2013, mas tornar este projeto realidade tem sido uma missão difícil.


Após receber o Prémio EDP a Fundação procedeu rapidamente ao investimento, mas a conclusão do processo foi arrastada durante anos devido a imensa burocracia autárquica. Estão decorridos quase quatro anos após a EDP ter apoiado o investimento, o que mostra enorme teia burocrática que envolveu a concretização deste projeto. Qualquer outro investidor teria desistido de concretizar o investimento. Só mesmo a imensa persistência da ADFP, treinada em ultrapassar montanhas, seria capaz de persistir, insistir e concretizar. Não admira que outros desistam de investir no concelho.


Primeiramente surgiram problemas no início da construção, o que levou a um grande atraso na reconstrução do edifício. Depois, continuámos a enfrentar grandes entraves por parte da Câmara Municipal de Miranda do Corvo, que desde o início 2014 têm bloqueado a atribuição da Licença de Utilização, factos que nos tem impedido até a data, de concretizar o projeto.


Amavelmente, perante estes atrasos imensos, a Direção Geral de Veterinária, atribuiu-nos um número de controlo veterinário para que possamos começar com a fase experimental de produção, cuja responsável será a Eng.ª alimentar, Ana Fernandes.

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