05 March 2024 | Social, Eventos, Fundação ADFP
Durante a pandemia Covid-19 quase tudo fechou incluindo serviços essenciais (consulta, exames, cirurgias e enfermarias) nos Hospitais e Centros de Saúde.
Durante esse período as trabalhadoras das estruturas residenciais para pessoas idosas ou com deficiência e doença mental, mantiveram as residências a funcionar e estiveram presentes. Não fugiram.
Mesmo quando num lar entrava o vírus, infetando uma significativa parte dos residentes, as trabalhadoras continuaram a prestar cuidados.
Nessa altura da epidemia, em que os Serviços do Estado incluindo SNS, deixaram de prestar apoio aos residentes, sempre as trabalhadoras destas residenciais funcionaram.
Algumas vezes perante as mortes que a epidemia causava, nomeadamente nestas estruturas residenciais, alguns responsáveis governamentais não se coibiam de lançar criticas ao trabalho das colaboradoras dos lares, acusando-as de falta de preparação. Eles que tinham mandado encerrar serviços criticavam quem trabalhava e não fugia. A Ministra da saúde impediu mesmo a Fundação de abrir o Hospital Compaixão enquanto o governo colocava camas de campanha em pavilhões desportivos o que revela a falta de humanismo que se apoderou do Governo de António Costa.
Era fácil para quem opinava na comunicação social e nos círculos da administração pública criticar o trabalho que era realizado nos lares.
Perante o humanismo e heroísmo das mulheres e homens, no combate à epidemia, cumprindo os devidos cuidados aos residentes nos lares, a Fundação ADFP propôs a diversas entidades, nomeadamente ao Primeiro Ministro, que se criasse um dia Nacional dos Trabalhadores Cuidadores de Lares e Residências Sociais.
Infelizmente essa proposta caiu no vazio e na indiferença porque na sua maioria são trabalhadores de Instituições Particulares de Solidariedade Social, sem fins lucrativos, e não constituem uma das grandes corporações profissionais do Estado.
A Fundação ADFP investe em pessoas com bondade e sabe que para cuidar de pessoas vulneráveis são necessárias qualidades técnicas e humanas, capazes de compaixão por quem sofre.
Durante o Covid a Fundação recusou aplicar algumas orientações governamentais desumanas e várias vezes transmitiu a sua discórdia ao Governo quando queriam transformar esta residências sociais em prisões, e condenar idosos a viver os seus últimos dias, semanas ou meses de vida em “jazigos”.
Porque o trabalho heroico das trabalhadoras dos lares, durante a pandemia não deve ser esquecido, a Fundação ADFP vai organizar dois jantares de homenagem nos dias 8 e 22 de março com essas trabalhadoras que estiveram no seu posto, não abandonando os doentes.
Estes dois jantares também têm como objetivo chamar a atenção da opinião pública e dos responsáveis governamentais, presentes e futuros, para a necessidade destas trabalhadoras terem salário digno e reconhecimento público do trabalho importante que realizam.
As pessoas vulneráveis ou doentes, que residem em lares para pessoas velhas, com deficiência ou doença mental têm o direito a serem bem cuidadas por pessoas cujo trabalho importante deve ser reconhecido pela sociedade.
Os jantares são abertos a participação de jornalistas interessados.
O Presidente do Conselho de Administração
Jaime Ramos
Médico
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