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Empreiteiros convidaram membros dos Corpos Sociais e equipa técnica para um almoço de confraternização

ADFP e empreiteiros festejaram conclusão da primeira fase da construção do Templo Ecuménico e Universalista

07 April 2016

Finalizada a descofragem do betão da pirâmide que se ergue no topo da colina do Parque Biológico da Serra da Lousa, em Miranda do Corvo, e será o primeiro Templo Ecuménico e Universalista do mundo, os empreiteiros da obra ofereceram o tradicional almoço convívio, no estaleiro da construção.


A pequena comitiva liderada pelo presidente do Conselho de Administração, Jaime Ramos, o idealizador deste projeto, teve oportunidade de observar a pirâmide de base quadrangular, e o círculo no seu interior, centro de espiritualidade. 0 interior será iluminado pela luz de círculos abertos nas faces e também pela que vem da abertura no seu vértice e onde será colocado o teto de vidro. Haverá uma fresta que permitirá que diariamente, ao meio dia solar, a luz do sol incida no centro da construção. A pirâmide, que chegará então aos 13,40 metros de altura, a mesma dimensão do Templo de Salomão construído em Jerusalém, poderá ser vista dos concelhos de Lousã a Penela e Coimbra até Poiares.


O almoço oferecido pelos empreiteiros Luciano Martins e o filho, Eng.º Marco Martins, serviu de pretexto para um convívio, onde se falou sobre o futuro Templo, e o impacto que poderá ter local, regional e nacionalmente.


Sobre a construção da pirâmide, Luciano Martins considerou que a obra “está a correr dentro do normal e penso que estamos a cumprir o tempo de construção estipulado, que é de um ano na totalidade do volume de obra”.


“As maiores dificuldades com que nos confrontámos vieram dos acessos, devido às chuvadas, e ficaram ruins. Não conseguimos bombar nenhuma vez (meter betão) sem que não tivesse sido puxado por uma máquina da obra”, acrescentou.


Luciano Martins afirmou que, “quando fizemos a pirâmide tivemos 12 trabalhadores por dia, mas agora só cá estão seis, já não compensa trazer tanta gente, até porque vamos entrar em serviços de acabamentos, nós aqui fazemos tudo”.


O embargo da câmara


Neste almoço desvalorizou se a atitude recente da Câmara Municipal que embargou a construção dos espaços exteriores, percursos e escadaria, devido à alteração na orientação da porta. Devido ao facto de a ADFP ter arrancado os eucaliptos que existam no local, para criar um manto vegetal mais adequado, a Fundação foi alvo de contra ordenações (multas) por parte da Câmara. Esta defesa dos eucaliptos por parte da câmara tem merecido alguns comentários irónicos por parte de pessoas que não compreendem a situação. A Fundação com base num parecer da Comissão de coordenação da Região Centro, que superintende na Reserva Ecológica Nacional, entregue na Câmara, já requereu o levantamento do embargo e vai dar continuidade à obra cuja inauguração se pretende ser no dia 11 de setembro de 2016.


Templo Ecuménico e Universalista “será o ex-libris de Miranda do Corvo”


O empreiteiro, Sr. Luciano, bem conhecido no concelho, confessou que esta obra “é um bocado diferente, nada tem a ver com um prédio”, e vaticinou que “será o ex-libris de Miranda do Corvo, sendo uma obra diferente de todas as outras”.

Já Jaime Ramos não quis tecer grandes considerações, já que “estamos aqui a fazer um almoço de amigos, convidados pelo Sr. Luciano e o filho Marco: estamos a cumprir uma tradição, antiga quando se punha um ramo de loureiro quando se terminavam os betões ou chegávamos aos telhados”.

“Agora, acredito que a obra vai ter algum impacto regional e nacional no futuro. Basta pensar que na última semana tivemos no Teatro Gil Vicente, em Coimbra, um espetáculo de solidariedade com artistas musicais - o António Ataíde e os Impuros -, para provar que há pessoas fora de Miranda que estão atentos a esta obra e que nos apoiam”, refletiu. Não é frequente que numa cidade se organize um espetáculo para ajudar uma construção num município vizinho.


Amor e paz entre todos


Entre os presentes, Padre Daniel, presidente do Conselho Geral da Fundação e professor de História comparada das Religiões, exprimiu o principal sentimento que lhe surgiu diante desta obra: “É no sentido da tolerância, no sentido em que as religiões devem colaborar para a paz e fraternidade entre as pessoas, e não lutarem umas contra as outras, porque isto não é uma questão de concorrência: é sim uma questão que, se tiverem como princípio que Deus é amor - e elas todas acreditam no mesmo mas principalmente as 3 religiões monoteístas -, se é amor não é guerra mas sim paz e convivência entre todos”.

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