Animação de loading

Doentes mentais com mais áreas para atividades lúdicas

Fundação ADFP cria novas salas de convívio

04 January 2013

No processo de reintegração dos doentes mentais provenientes do Hospital do Lorvão e do Centro de Recuperação de Arles, a Fundação ADFP remodelou 4 salas do Centro Social Comunitário (antigos ATL) para atividades lúdicas e recreativas destinadas a cerca de 40 doentes instalados na Residência Esperança (Godinhela) que até agora conviviam no Salão de Festas, bar ,ginásio, biblioteca e no refeitório do centro social comunitário.

Uma das salas é para convívio, destinada sobretudo aos doentes que não se interessam por qualquer tipo de atividade devido à deterioração mental.

As outras três salas destinam-se a incentivar trabalhos manuais e artísticos, como a pintura e o desenho, manuseamento de papel, modelagem e jogos lúdicos.

Todas as salas dispõem de um monitor/ animador sociocultural integrando uma equipa técnica com técnicos de serviços social, psicólogos, médicos de clínica geral e  psiquiatria, terapeutas e enfermeiros.

Salientamos que nos serviços destinados a estes doentes mentais há três equipas de enfermagem em permanência, 24h por dia, e ainda uma quarta equipa a tempo parcial.

Estas novas salas, bem como uma área em sótão do primeiro andar para ser usada nos dias de chuva, permitirão um trabalho ainda mais humanizado e individualizado.

Há muitos anos que estes utentes não tinham este tipo de atividades, que os vão ajudar a passar o tempo, a estar melhor ocupados e   a incentivar a manutenção das suas capacidades cognitivas, mesmo que nalguns casos já muito degradadas.

Ao longo dos anos a Fundação ADFP tem assumido a missão de investir em respostas de saúde e sociais adequadas às necessidades das pessoas com doença mental grave.

Assim, decidiu colaborar com o SNS (Serviço Nacional de Saúde) e com o CHUC (Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra) no objectivo de pôr fim aos internamentos hospitalares do tipo asilar, com grades nas janelas e portas fechadas, inaceitáveis numa sociedade humanizada segundo os padrões europeus.

Com 25 anos ao serviço da solidariedade, a Fundação ADFP não só adquiriu larga experiência no âmbito do apoio à doença mental, como tem sido inovadora na humanização dos cuidados a doentes mentais graves, investindo na sua integração e reabilitação.

A maioria destes doentes residem em oito apartamentos tipo T3, na Residência Esperança, na recta da Godinhela. Os restantes estão instalados em três outras residências, com características adaptadas á  autonomia  e necessidades especiais dos utentes.

Para além destes residentes, a Fundação dá respostas sociais a pessoas com doença mental utentes do CAO (Centro de Actividades Ocupacionais), do Fórum Sócio Ocupacional, formandos de cursos de formação profissional, trabalhadores em emprego protegido e em empresas de inserção, e ainda residentes na UVA (Unidade de Vida Apoiada), na Residencial Coragem, do Centro Social Comunitário e  na Residência Igualdade em Rio de Vide.

A Fundação ADFP devido à estratégia integradora que promove com pessoas com deficiência ou doença mental já obteve em 2010 e em 2012 o Primeiro Premio nacional de Hospital do Futuro, na categoria de serviço social.

Também a Embaixada dos Países Baixos e o Instituto de Corporate Governance atribuíram á ADFP o primeiro prémio nacional Damião de Gois pela integração que o Parque Biológico da Serra da Lousa promove com pessoas com necessidades especiais, nomeadamente doentes mentais.

A Fundação ADFP sabe que as pessoas com doença mental não são iguais, pelo que, de acordo com as suas características individuais, usa diferentes residências e diversas estratégias ocupacionais adequadas a cada doente, tentando valorizar o seu potencial.

A Fundação ADFP apoia mais de uma centena de doentes mentais na sua maioria usando serviços e valências integradoras, que servem outro tipo de população, incluindo deficientes físicos e motores, crianças, jovens e mulheres vítimas de exclusão social e violência doméstica.

Estes doentes já utilizam serviços instalados em três das cinco freguesias do concelho, aproximando as respostas sociais da comunidade.

Numa visita em 2012 a Miranda do Corvo o Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa, declarou à comunicação social que o trabalho realizado pela ADFP com pessoas com doença mental não é só uma referência nacional como está ao nível  dos melhores padrões internacionais.

Comentários