Animação de loading

Colégio e Centro Paroquial de Solidariedade Social de S. Martinho garantem continuidade no próximo ano lectivo

Colégio e Creche/Pré-primaria não encerram em S Martinho

18 August 2016

A Fundação ADFP, entidade de utilidade público e sem fins lucrativos, no seguimento de anteriores notícias, confirma que adquiriu o Colégio S. Martinho e assinou um protocolo de gestão com o Centro Paroquial de Solidariedade Social e com a Comissão da Fábrica da Igreja da Paróquia de São Martinho.

O Colégio S Martinho já tinha anunciado o encerramento das suas actividades educativas e o despedimento colectivo de mais de quarenta colaboradores.

A intervenção da Fundação tem como objectivo procurar garantir a continuidade do projecto educativo, permitindo o acesso das crianças e jovens a uma educação de qualidade. Deseja-se, também, criar condições a garantir a continuidade de postos de trabalho, com redução de número de trabalhadores adequada ao menor número de alunos e de turmas.

O colégio de S. Martinho garante ensino público assente em contrato de associação com o estado através do Ministério da Educação. A Fundação é uma entidade reconhecida como de utilidade pública.

Num período em que a sociedade portuguesa se afunila num confronto maniqueísta, entre o fundamentalismo estatista e os defensores do negócio lucrativo, importa criar condições a um ensino público de qualidade assente em iniciativas de economia social e solidária.

O confronto ideológico entre quem defende que tudo tem de ser do Estado ou aqueles que consideram que tudo tem de ser negócio lucrativo tem de ser substituído por um diálogo construtivo que permita a utopia de uma sociedade mais justa e criativa assente em iniciativas de economia social e solidária.

A Fundação ADFP tem a noção que o futuro do Colégio dependerá das opções políticas do Governo que poderá condenar á morte o ensino público não estatizado.

Entretanto vai garantir o seu funcionamento no ano lectivo de 2016 e 2017 e tentar viabilizar um projecto para os anos seguintes.

Em 2016/17 terá 5 turmas e cerca de 125 alunos a que haverá a adicionar as 55 crianças de creche e pré-escola, num total de 180.


O Centro Social Paroquial de S. Martinho previa já em Julho despedir os 10 colaboradores e fechar a creche e a Pré-primária com um total de 55 crianças a frequentar.

A Fundação vai garantir o funcionamento das duas valências na freguesia de S Martinho mantendo o apoio às famílias. Anteriormente o Centro Social Paroquial já tinha contactado outras IPSS de Coimbra para encontrar uma solução que mantivesse as respostas sociais na freguesia. Acabou por ser a ADFP a responder afirmativamente e a aceitar o desafio.

O Centro Social e Paroquial e a Fundação ADFP já requereram a Segurança Social a transferência, entre as duas instituições, dos acordos de cooperação para as 15 crianças em creche e as 40 em Pré-primária.

A curto prazo a Fundação pretende transferir esta resposta para as instalações do Colégio S Martinho criando um estabelecimento de ensino integrado que responda às crianças das diferentes idades.

A ADFP, instituição sem fins lucrativos, espera poder reduzir o custo das mensalidades para as famílias e melhorar a resposta através de um horário mais alargado, sem períodos de encerramento anuais, que responda melhor as necessidades familiares.

No sentido de melhorar as respostas sociais na freguesia a Fundação admite curar novas respostas numa lógica de diálogo e convívio intergerações.

A Fundação espera que as 180 crianças que frequentarão o estabelecimento em 2016/2017 sejam a semente que possa germinar abrindo novas respostas sociais e mais oportunidades educativas .

Recordamos que a Fundação ADFP tem tido em Miranda do Corvo um papel inovador na criação de respostas integradoras e inclusivas.

A Fundação espera vir a colaborar intensamente com as organizações e forças vivas da Freguesia e do Concelho de Coimbra no sentido de, em trabalho conjunto, criar novas respostas sociais que contribuam para melhorar a qualidade de vida das pessoas, com especial atenção às famílias ou pessoas com necessidades especiais.

A administração do Colégio irá ser assumida por Jaime Ramos, Quirino São Miguel, Rui Ramos e José Palrinhas. Estas funções serão exercidas sem qualquer remuneração. Todos os mais de 30 dirigentes da Fundação exercem as suas funções em regime de voluntariado sem remuneração.

A direcção pedagógica do colégio continuará a ser assumida por Luís Correia e a liderar a creche e Pré-primária continuará Lara Guardao.

Comentários