Parque Biológico da Serra da Lousã
13 November 2012
É com bastante tristeza que o Parque Biológico da Serra da Lousã informa que teve de abater dezenas de pinheiros-bravos (Pinus pinaster) na zona do parque selvagem. A remoção das árvores foi tratada com bastante delicadeza, por profissionais da área, de forma a não causar nenhum transtorno nos animais. O abate de pinheiros levou a que o recinto dos animais ficasse mais exposto, no entanto já foram plantadas novas árvores que se encontram a crescer por todo o parque para substituir as agora abatidas.
O Parque viu-se obrigado a abater estas árvores devido à conhecida doença dos pinheiros, o nemátode da madeira do pinheiro e de outras coníferas. O nemátodo (Bursaphelenchus xylophilus) é o verme microscópico causador da doença do pinheiro, cujo primeiro caso se registou, em 1999, na região de Setúbal.
Os primeiros sintomas desta doença não são observáveis a “olho-nú”, observando-se uma diminuição na produção de resina e redução da transpiração, no entanto, posteriormente verifica-se a mudança na cor da rama (copa da árvore fica com um aspecto acastanhado). Nestes casos, quando o pinhal apresenta sinais de declínio, é urgente o abate das árvores afectadas e a sua destruição, para assim proteger os pinheiros saudáveis envolventes.
O nemátodo é transmitido às várias árvores por um insecto-vector, o logicórnio do pinheiro, de nome cientifico Monochamus galloprovinciallis. O período de voo do insecto-vector ocorre entre Abril e Outubro, e é nestes meses que acontece a transmissão do nemátode. O insecto vai transmitir o nemátodo através da postura de ovos em árvores mais enfraquecidas ou quando se alimenta das ramificações dos pinheiros saudáveis. Quando o nemátodo se encontra instalado vai se multiplicar no interior dos pinheiros, o que irá levar à morte da árvore. Na Primavera, do ano seguinte, as larvas do insecto transformam-se em insectos adultos, abandonam os pinheiros e transportando consigo o nemátodo para uma nova árvore.
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